Eduardo Hiroshi, aluno do curso de especialização em composição – 4º ciclo, teve uma peça selecionada pela XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea – organizada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). Hiroshi compôs a obra Pedras Matemáticas e Alguns Módulos para violoncelo solo em 2019, sob a orientação dos professores Rodrigo Lima e Tiago Costa.
O trabalho do aluno está entre as 48 obras selecionadas que serão apresentadas durante a XXIV Bienal, no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 24 de novembro de 2021. Sua obra será interpretada pelo violoncelista Rodrigo Prado no dia 15 de novembro, às 17h.
Segundo Hiroshi, a sua obra Pedras Matemáticas e Alguns Módulos é oriunda da busca pelo sincretismo de duas abordagens. “Uma do caráter percussivo do instrumento, por meio da elaboração de técnicas re-interpretadas para o violoncelo oriundas de outros estilos e instrumentos, como os tappings, e outras técnicas idiomáticas do violoncelo com forte marcante percussivo em sua sonoridade, como os col legnos e as arcadas com maior pressão”, diz.
Em um segundo arqueamento, o compositor explica que “a peça se constitui com o uso de sequências rítmicas menos regulares e do uso “colorístico” dos módulos cíclicos como base do processo gerativo das linhas melódicas e dos aspectos harmônicos de todas as seções da peça. Por vezes, ambos se entrelaçam em seções polifônicas.”
Ainda de acordo com Hiroshi: “o título da peça homenageia alguns estilos e técnicas de música popular (como fingerstyle ou Math-rock, por exemplo) que fazem uso extensivo da técnica de tappings e de sequências rítmicas menos regulares, fator que busquei incorporar dentro da composição e dialogando com o repertório do violoncelo contemporâneo”.
A Bienal de Música Brasileira Contemporânea foi criada por Edino Krieger e Myrian Dauelsberg em 1975, inspirada nos dois Festivais de Música da Guanabara, realizados em 1969 e em 1970, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. As três primeiras bienais foram organizadas pela Sala Cecília Meireles e, a seguir, assumidas pela Funarte, quando Krieger dirigia o então Instituto Nacional de Música da Fundação.
Desde o lançamento do programa, foram realizadas 23 edições sem nenhuma interrupção. Nessas 23 bienais foram apresentadas cerca de 1.800 obras, sendo 1.002 delas em primeira audição. “Isso significa produção e lançamento de material inédito, o que valoriza e amplia a importância da ação”, comenta o Centro da Música da Funarte.
Em todos esses anos, as bienais possibilitaram a participação de mais de 472 compositores, muitos deles, jovens, o que representa renovação de nomes de vários pontos do Brasil. O programa tem também estimulado a difusão da música de concerto produzida no país, inclusive territorialmente.
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