Estudante de Música Antiga da EMESP é aprovado para mestrado em Performance Histórica em Londres

27 de abril de 2023

O flautista Gabriel Alves, de 26 anos, estudante da especialização em Música Antiga da EMESP Tom Jobim, foi aprovado para realizar mestrado em Performance Histórica na Royal Academy of Music, em Londres (Inglaterra), com bolsa integral.

Entrevistamos o Gabriel pra saber um pouco mais da história por trás dessa conquista. Fique agora com nosso papo!

Quem é Gabriel Alves? Como foi seu primeiro contato com a música?

G.A.: Comecei a estudar música aos 6 anos de idade na escola. Aos 9 anos comecei a estudar violino na antiga Universidade Livre de Música (atual EMESP), mas aos 11 mudei para a flauta doce e naquela hora já sabia que seria o meu instrumento. Continuei estudando na EMESP até os 15 anos.

E como se deu seu interesse pela Música Barroca?

G.A.: Meu interesse surgiu quando fui apresentado aos “instrumentos de época” e às gravações com grupos especializados em performance histórica. Fiquei encantado! Em 2012, aos 15 anos, entrei na Escola Municipal de Música e lá o mundo da Música Antiga se abriu para mim. Além da flauta doce, também comecei a estudar Traverso com o professor Bernardo de Toledo Piza.

Quando foi que voltou pra EMESP?

G.A.: Voltei para a EMESP em 2017, já com o propósito de me especializar em Flauta Doce e Traverso com os professores Ricardo Kanji e Livia Lanfranchi. Me formei em 2021 em Flauta Doce e 2022 em Traverso. Outros professores que foram muito importantes na minha formação na EMESP foram Luis Otavio Santos e Alessandro Santoro. Os Encontros de Música Antiga da EMESP também foram muito importantes na minha vida. Pude conhecer muita gente boa e os convidados eram professores e intérpretes renomados com os quais sempre quis estudar e ouvir ao vivo.

Atualmente você participa de algum grupo artístico na EMESP?

G.A.: Toco na Orquestra Barroca da EMESP, dirigida pelo professor Luis Otávio Santos.

E quais são suas inspirações na Música Antiga?

G.A.: Minhas referências são os meus professores e os grandes mestres: Frans Brüggen, Barthold Kuijken, Gustav Leonhardt e Nikolaus Harnoncourt.

Parabéns pela sua conquista! Como se sente?

G.A.: Fiquei muito feliz e realizado com a aprovação. Ganhar a oferta de bolsa integral foi uma surpresa ainda maior. Não esperava isso, mas sei que foi a concretização de todo o trabalho, dedicação e anos de estudo. Sou muito grato a todos os ensinamentos que recebi dos meus professores ao longo de todos esses anos. Estou ansioso para saber como será essa nova fase. Contudo, a bolsa cobre apenas os custos do curso e para conseguir financiar minha ida para Londres e essa oportunidade única, abri uma campanha de financiamento.

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