Bolsista da Orquestra Jovem do Estado, Guilherme Afonso de Moraes Silva, de 17 anos, passou em primeiro lugar no curso de violoncelo da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Aluno da EMESP Tom Jobim desde que tinha 10 anos e vencedor da edição de 2014 do Prêmio Ernani de Almeida Machado, o jovem violoncelista começa a colher os frutos que plantou e já planeja estudar fora do Brasil no segundo semestre.
Natural de São Paulo, Guilherme se interessou em aprender violoncelo quando tinha oito anos com o professor Boaz Oliveira. Após um ano e meio de aulas, o professor aconselhou o jovem a se inscrever na EMESP Tom Jobim. “Eu comecei a observar o “cello” depois que vi um concerto na televisão. O instrumento chamou a minha atenção. A partir dali, sabia que era aquilo que eu queria aprender. Comecei a ter aulas na igreja até começar a estudar de verdade, quando prestei a prova da EMESP”, conta
Atualmente no 2º ciclo, o jovem iniciou seus estudos na EMESP Tom Jobim em 2007 tendo aulas com os professores Geraldo Olivieri, Vana Bock, Adriana Lombardi e Joel de Souza. O aluno integrou ainda a Orquestra de Cordas. “A EMESP foi fundamental para a minha formação, pois a escola foi responsável por estruturar toda minha técnica. Todas as oportunidades que tive foram pela EMESP. Eu não conseguiria distinguir a importância de cada professor, pois foram igualmente fundamentais para meu aprendizado e crescimento como músico”, afirma
Em 2013, Guilherme foi aprovado para integrar a Orquestra Jovem do Estado. Além de ter a oportunidade de se apresentar em importantes salas de concerto como a Konzerthaus, em Berlim, o jovem destaca o fato de ter o maestro Cláudio Cruz à frente da Orquestra. “O intercâmbio cultural que a Orquestra Jovem do Estado tem nos proporcionado é sempre muito importante. Já tocamos na Alemanha, na França, na Holanda e agora iremos nos apresentar nos Estados Unidos. Eu senti muita diferença na experiência de tocar aqui e para o público de fora. Além disso, o maestro Cláudio Cruz é uma figura muito importante para todos nós. Ele consegue nos passar todo seu conhecimento e isso é excelente para a nossa formação”, revela.
No ano passado, Guilherme foi o grande vencedor do Prêmio Ernani de Almeida Machado e recebeu o prêmio principal no valor de R$60 mil, que deve ser utilizado para o aperfeiçoamento musical em uma instituição no exterior. “Eu já havia participado do concurso em 2013, mas nem finalista eu fui. Isso me motivou a estudar bastante no ano seguinte. A professora Vana Bock me ajudou na escolha da obra, que foi o quarto movimento do Concerto para Violoncelo de Edward Elgar. Esse foi o primeiro concerto que eu ouvi quando era criança. É uma obra de que gosto muito”, completa.
Aprovado em primeiro lugar no curso de violoncelo da Unesp em 2015, o jovem conta que seu rumo pode mudar a partir do segundo semestre. Por conta do Prêmio Ernani de Almeida Machado, o violoncelista quer se aperfeiçoar fora do país. Inclusive, já escolheu as instituições em que deseja ingressar. ”Quando eu prestei a prova para a Unesp, não tinha a menor ideia de que ganharia o prêmio. Agora, com o dinheiro, estou pensando seriamente em investir nos estudos fora do Brasil. Minha preferência está entre a Alemanha, no Conservatório Superior de Música Hanns Eisler de Berlim e a Áustria (Universidade Mozarteum de Salzburgo)”, finaliza.
(Clique aqui para conferir a cobertura do Prêmio Ernani de Almeida Machado de 2014)
por Marcus Vinicius Magalhães
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