Emilly Alberto, pianista, e Vinicius Eliezer Lins, violoncelista, integraram o time de jovens talentos do festival francês, realizado entre 29 de julho e 06 de agosto
Em meio a igrejas românicas e paisagens bucólicas do sul da Borgonha, na França, o Festival Musique en Charolais-Brionnais, desde 2005, busca aliar a promoção de música de câmara e de piano com valorização do patrimônio, contando com artistas internacionais e jovens talentos que se encontram para concertos e troca de experiências.
Na edição deste ano, a partir de uma parceria entre o Festival Musique en Charolais-Brionnais, o Consulado-Geral da França em São Paulo e a EMESP Tom Jobim, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura, a pianista Emilly Alberto e o violoncelista Vinicius Eliezer Lins foram selecionados para participar de dez dias de residência no festival, promovido entre 29 de julho e 06 de agosto.
Alunos do curso de especialização (4º ciclo) da EMESP Tom Jobim, Emilly e Vinicius estiveram em um cenário de imersão musical importante para apoiar os jovens na profissionalização, como destacou a fundadora e diretora artística do evento, a pianista franco-brasileira Juliana Steinbach.
“Foi muito satisfatório acolher e integrar os músicos brasileiros em um ambiente de intercâmbio artístico e pedagógico, onde eles puderam se apresentar em formações solo, duo e com artistas convidados, discutindo repertórios e trazendo novos olhares. Esperamos que essa parceria com a EMESP Tom Jobim se consolide para mais anos de trabalho em conjunto”, disse.
Na ocasião, Emilly e Vinicius, os únicos brasileiros entre os jovens talentos do festival, executaram programas com obras de André Mehmari, Artur Barbosa, César Franck, Claude Debussy, Eunice Katunda, Francisco Poulenc, Franz Schubert, György Ligeti, Heitor Villa-Lobos, Igor Stravinsky, Johann Sebastian Bach, Johannes Brahms, Joseph Haydn, Lucien Guerinel e Nádia Boulanger.
Integrante de dois grupos de música de câmara formados na própria Escola de Música do Estado de São Paulo, como o Duo Alberto-Verdi e o Trio Lazúli, Emilly avaliou com entusiasmo a dinâmica do festival e a experiência vivida para sua formação. “Os ensaios, as trocas durante as apresentações, tudo isso foi muito diferente, assim como a oportunidade de poder sair do país e tocar música brasileira, tendo a chance de mostrar um repertório interessantíssimo e pouco conhecido na Europa”, salientou.
A opinião é compartilhada pelo violoncelista Vinicius Lins, que faz parte da Orquestra Jovem do Estado. “Foi um prazer incrível não só por dividir o palco com grandes artistas convidados e jovens talentos, mas também pelo convívio que tivemos. Essa vivência foi muito enriquecedora, quase uma ferramenta pedagógica para sairmos daqui e levarmos esses conhecimentos para nossas vidas profissionais”, declarou.
Referência no ensino de música brasileira, a EMESP Tom Jobim reúne em seu corpo docente profissionais com reconhecimento internacional. Com um projeto artístico-pedagógico, que visa uma formação rica e abrangente, os cursos oferecidos pela escola proporcionam aos alunos e alunas conhecimento, vivência e compreensão musical, abarcando toda a história da música ocidental, desde a música antiga à contemporânea, do popular ao erudito.
Iniciou seus estudos musicais na EMESP Tom Jobim em 2008, aos seis anos de idade. Começou a ter aulas de piano dois anos depois, tendo como professoras Marcilda Clis e Scheilla Glaser. Em 2016, passou a integrar a turma do professor Luiz Guilherme Pozzi. Naquele ano, conquistou o título de Melhor Intérprete da Peça de Confronto, composta exclusivamente para o concurso pelo compositor Rodrigo Lima, no 1º concurso interno da Emesp Tom Jobim.
Em 2018 conquistou o segundo lugar no XXXVII Concurso Latino-Americano de Curitiba e em maio de 2019 conquistou o primeiro lugar no 1º Concurso Nacional de Piano de Guarulhos. Em junho, foi uma das selecionadas entre pianistas de todo o país no 1º Concurso Virtual de Piano da Foco, que aconteceu em Londrina (PR). Em setembro, foi Melhor Intérprete do Compositor Homenageado (Cláudio Santoro) no XII Concurso de Piano Profª Edna Bassetti Habith.
No início de 2019, ingressou na turma de Pozzi na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em 2022. Fez parte da turma de piano do Festival Música nas Montanhas 2020, em Poços de Caldas (MG), onde fez aulas com Flávio Augusto e Ney Fialkow, e foi selecionada para se apresentar no recital de encerramento da turma.
Por dois anos consecutivos (2020 e 2021), foi finalista e vencedora do prêmio do público no concurso de piano Guiomar Novaes. Em junho de 2022, foi-lhe atribuído o título de melhor intérprete de Bach durante a última ronda do XIII concurso de piano Profª Edna Bassetti Habith. Em setembro, voltou a participar do concurso de piano Guiomar Novaes, onde conquistou o terceiro lugar na categoria piano clássico. Em outubro do mesmo ano, foi eleita finalista do concurso de jovens solistas da OSESP.
Em março de 2023, após seleção interna da EMESP, obteve bolsa integral para o Festival Musique en Charolês-Brionnais, na França. No mesmo mês, venceu o concurso de jovens solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, interpretando o concerto en sol de Maurice Ravel sob a direção de Roberto Tibiriçá durante o concerto de premiação. Emilly é pianista atuante e integra dois grupos de música de câmara: o Trio Lazúli, premiado em 2020 durante a primeira edição do Núcleo de Desenvolvimento de Carreiras (NDC) da EMESP e bolsista da segunda edição do Festival d’été pela Campos do Jordão, e o duo de piano a quatro mãos com Lucca Verdi Pires.
Em recital solo e de câmara, Emilly já se apresentou no Theatro São Pedro, Sala São Paulo, Série Jovens Pianistas da Aronne Pianos, Sociedade Brasileira de Eubiose, Auditório Cláudio Santoro, Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, entre outros. Participa regularmente em masterclasses com pianistas de renome como Cristian Budu, Maurícy Martin, Cláudio Soares, Paulo Álvares, Eduardo Monteiro, Luciana Sayure, Clélia Iruzun, Richard Kogima, Denis Pascal (França), Philipp Scheucher (Áustria), Giampaolo Nuti (Itália), Luca Chiantore (Itália), Cédric Tiberghien (França), Clément Lefebvre (França), Juliana Steinbach (França) e Nikolai Löw (França).
Iniciou seus estudos musicais aos dez anos de idade, tendo aulas de bateria com o professor Paulo Coelho, instrumento que lhe permitiu entrar em contato com a música popular e o jazz. Aos quinze anos teve seu primeiro contato com a música clássica, quando começou a ter aulas de piano com o professor Leonardo Furlani. Em 2018, graças a este mesmo professor, foi convidado a estudar violoncelo, aos dezoito anos.
No início de 2020, foi admitido no curso de formação da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim), tendo como professora Adriana Lombardi. Em 2021, integrou a Orquestra Jovem Tom Jobim e a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, a primeira dedicada à música popular brasileira e a segunda ao repertório lírico, sob a direção de Tiago Costa e Nelson Ayres. No mesmo ano, ele também foi aluno da professora Gretchen Miller.
Em 2022 ingressou na seção de violoncelos da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, grupo com o qual desenvolveu intenso trabalho sob a direção de Cláudio Cruz, com apresentações regulares na Sala São Paulo. No mesmo ano, participou do festival de violoncelo de Ouro Branco, em Minas Gerais, e teve aulas com Matias de Oliveira Pinto, Márcio Carneiro e Fábio Presgrave, entre outros renomados músicos.
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