Grupo foi o vencedor da seletiva para o Festival Mendoza En Bossa, que envolveu 7 quartetos formados por alunos da Escola
O Quarteto D’Minuto, formado por Juninho Albuquerque (violão), Peter Mesquita (contrabaixo), Matheus Novaes (piano) e Gabriel Guilherme (bateria) será o representante da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP) no Festival Mendoza En Bossa, que acontece na cidade argentina de Mendoza nos dias 6 e 7 de novembro. O grupo foi o vencedor da seletiva que reuniu 7 grupos formados por alunos da Escola.
“O nível das apresentações foi muito alto, de todos os quartetos. Não tínhamos a pretensão de vencer, mas em pouco tempo de ensaio alcançamos um bom rendimento. Formamos o grupo dentro da Escola e poder representá-la fora do País será uma grande experiência, nossa primeira no exterior”, revelou Gabriel Guilherme, baterista do quarteto.
Quarteto D’Minuto – Os alunos que representarão a Escola no Festival de Mendoza já participaram de um festival de música pela EMESP, o Mostra Jazz SP, que aconteceu de 31 de maio a 19 de julho deste ano no Bar Brahma Aeroclube. Em 28 de junho, o grupo, que na ocasião contava com mais integrantes, fez a abertura do concerto do grupo Pau Brasil.
“Nos reunimos na aula de prática de conjunto da professora Cristina Machado. Com ela, trabalhamos inicialmente como um quinteto, do qual participa também o cantor Digué Pinheiro. Para a seletiva do Festival nos dividimos em dois quartetos, o D’Minuto e o Do Estilista. Ficamos envolvidos com cerca de 20 arranjos diferentes, do repertório das duas bandas. Foi desgastante, mas valeu o esforço”, revelou Juninho Albuquerque, violonista do grupo.
Em 14 de outubro no auditório da unidade Luz o Quarteto D’Minuto executou Tema em 3, de Chico Pinheiro, April Child, de Moacir Santos, Radamés y Pelé, de Tom Jobim, A Donzela e o Cangaceiro, de Lula Galvão, e Resposta, de Ney Conceição. Como prêmio, além de duas apresentações no Festival Mendoza En Bossa, o grupo se apresentará também no auditório da Escola, na unidade Luz, e no Projeto Vitrine Musical da EMESP no dia 25 de outubro, domingo às 11h no Centro Cultural Rio Verde (R. Belmiro Braga, 119 – Vila Madalena – SP).
Audições no Brooklin – A Banca que escolheu o vencedor da seletiva, formada pelos professores da EMESP Mané Silveira, Lis Ferrete, Luiz Carlos (Guéllo), Renata Yamamura e Edmilson Capelupi, reuniu-se às 19h30 da quinta-feira, 15 de outubro, para o início do segundo dia das audições para o Festival Mendoza En Bossa.
O primeiro quarteto a se apresentar foi o Do Estilista, formado por Digué Pinheiro (voz), Juninho Albuquerque (violão), Peter Mesquita (contrabaixo) e Gabriel Guilherme (bateria). Eles interpretaram canções como De frente pro crime e Coisa Feita, de João Bosco e Aldir Blanc, Ponteio, de Edu Lobo, Mulher, sempre mulher, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e Rebento, de Gilberto Gil.
“A nova administração da EMESP está sendo muito boa para a área popular. Essa é uma grande oportunidade para os alunos, de se apresentarem no exterior e como experiência profissional”, disse Digué Pinheiro, o único vocalista a participar da seletiva. “Me senti um pouco sozinho, mas não creio que esse fator seja benéfico ou prejudicial ao nosso grupo em termos de avaliação da Banca. O importante é mostrar que a música brasileira é muito rica, com diversas vertentes, e o canto não poderia ficar de fora”.
Em seguida, o Quarteto Urbano subiu ao palco da unidade Brooklin para executar temas autorais como Para Mendoza, feita por Deisy Araújo especialmente para o evento, e Indecisa, de Filippe Caporali, além de Chega de Saudade, de Tom Jobim, e Kathy, de Moacir Santos, entre outras. O grupo, formado por Deisy Araújo (piano e escaleta), Filippe Caporali (contrabaixo), Rubens Fernandes Silva (guitarra) e Ricardo Berti (bateria), utilizou instrumentos como o triângulo, a escaleta e o contrabaixo acústico, e formas de interpretação como a bateria tocada com as mãos e o piano e a escaleta tocadas simultaneamente.
“Para mim, além da adrenalina de tocar o que gosto, é uma oportunidade de aprender e de acompanhar o que os outros estudantes estão fazendo. Pena que apenas um grupo pode ser o vencedor”, afirmou Deisy Araújo, aluna de piano popular na EMESP há três anos, que foi uma das duas mulheres que participaram da seletiva. “Não existe mercado machista. São as mulheres que têm que acordar e ver que o espaço está aí para ser explorado. Precisamos dar mais a cara para bater”.
O encerramento das audições ficou a cargo do Choro na Brasa, que representou os regionais de chorinho com os músicos Bruno Iavorini (violão de 7 cordas), Rodrigo Correia Rodrigues (cavaquinho), Maik Moura de Oliveira (bandolim) e Talita del Collado (pandeiro). No repertório, obras como Um a Zero, de Pixinguinha, Santa Morena, de Jacob do Bandolim, Garoto, de Tom Jobim, e Os carioquinhas no choro, de Altamiro Carrilho.
“Ensaiamos bastante e estamos felizes em participar dessa seletiva representando o choro, que é um ritmo muito brasileiro. Temos uma formação que se assemelha à de um regional de chorinho, faltou apenas o violão de 6 cordas”, explicou Talita Collado. Sua mãe, Carolina Collado, esteve presente à apresentação e ficou surpresa com o desempenho dos jovens músicos. “Fiquei impressionada com a qualidade dos grupos. Eles não parecem estudantes, e sim, músicos profissionais”, revelou Carolina.
Ao final, o coordenador pedagógico da EMESP, Paulo Braga, fez o anúncio do quarteto vencedor. “O nível foi muito mais alto do que eu esperava. Todos estão de parabéns”, disse Paulo. Para Mané Silveira, um dos professores que compuseram a Banca, os quartetos demonstraram muita qualidade, o que dificultou a decisão final. “O Quarteto D’Minuto se destacou com uma sonoridade muito madura, de nível profissional. Eles terão todas as condições de representar muito bem a EMESP e o Brasil no Festival Mendoza En Bossa”, encerrou Mané Silveira.
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